Senadora Cecilia López Montaño-Colômbia
Esta declaração será o fio condutor da próxima Cúpula das Américas a ser realizada em Trinidad e Tobago e, portanto, gostaria de salientar alguns pontos com os quais concordo inteiramente e que foram os principais baluartes de meu trabalho como Senadora na Colômbia.
Considero essencial a promoção de maiores oportunidades de emprego decente em toda a região. É para mim a principal ferramenta que um Estado deve buscar para sair da armadilha preocupante da pobreza. Acredito na necessidade de centrar nossos esforços na busca de uma verdadeira educação de qualidade, como principal motor para o progresso de nossos e nossas cidadãs.
No tocante ao meio ambiente, acho pertinente pôr ênfase na busca de novas energias renováveis e de formas de geração de energia sustentável e amigável ao meio ambiente. Não podemos ficar para trás; os países mais desenvolvidos já vêm colocando em foco os esforços necessários há algum tempo.
Quanto ao assunto dos programas de proteção social e à meta de um acesso igual para todos os homens e mulheres a serviços sociais básicos, incluindo água, morada, cuidados de saúde, alimentação e higiene, concordo plenamente. De fato, meu principal projeto como senadora na Colômbia tem sido promover um conjunto de leis que visam a estes objetivos, a fim de demonstrar que o legislativo também pode contribuir para as mudanças sociais necessárias.
Cabe ressaltar ainda o tema da ciência e a tecnologia. Foi com grande entusiasmo que soube da meta dos nossos países: o compromisso de aumentar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento em, ao menos, 1% do PIB até 2015 e de fortalecer os laços entre as universidades, instituições científicas, o setor privado, as agências multilaterais e os trabalhadores. Se os povos americanos realmente desejam se inserir com sucesso no mercado global, isto deve ser constantemente reforçado.
Parece-me também de suma importância que este espaço sirva como termômetro para zelar pelo bem-estar de nossas instituições democráticas. No atual cenário em que muitos líderes, incluindo nosso presidente na Colômbia, buscam maneiras engenhosas de driblar a institucionalidade para permanecer perpetuamente no poder, é necessário contar com estas instituições para contrabalançar ameaças antidemocráticas.
Antes de concluir, desejo destacar a importância de incluir o tema de gênero nas políticas públicas dos países membros. A questão da equidade e da paridade democrática continuará sendo um de meus baluartes como funcionária pública porque considero que realizar avanços nesta área é o que há de mais saudável em um regime democrático.
FIPA - BlogAmericas 